
Série Alemã “Love Sucks”: Uma História de Amor Vampírica na Berlinale
Executivos, criativos e compradores internacionais reuniram-se no Berlinale Series Market, o braço de conteúdo seriado do European Film Market, para visualizar as próximas séries alemãs de alta qualidade. Entre os projetos apresentados estava “Love Sucks”, uma história de amor vampírica não convencional que mistura elementos de “Romeu e Julieta” e “Crepúsculo”. A série explora a história de dois amantes separados por um segredo obscuro.
A ZDFneo, uma emissora pública alemã, trouxe “Love Sucks” ao evento juntamente com outra série, “Krank”. “Love Sucks” é uma criação do roteirista de “Dark”, Marc O. Seng, e é dirigida por Andreas Prochaska (“O Vale Sombrio”) e Lea Becker (“Höllgrund”). A ZDF Studios gere as vendas mundiais da série.
O criador de “Love Sucks”, O. Seng, discutiu a parceria surpreendente com a ZDF, assumindo inicialmente que a emissora seria criativamente restritiva. No entanto, o entusiasmo genuíno da ZDF pelo projeto provou o contrário.
Banner do evento Berlinale Series Market
O. Seng elaborou sobre a inesperada abertura da ZDF para ultrapassar limites: “Quando nos reunimos com a ZDF pela primeira vez, realmente entendemos o seu amor pelo programa. A minha ideia desta gigantesca emissora alemã estava totalmente errada. Eles nos levaram aos limites do que podíamos fazer com violência, sexualidade e os temas obscuros que abordamos na série.” Este sentimento ecoa uma mudança mais ampla no cenário de produção europeu, com emissoras públicas como a ZDF desafiando as expectativas convencionais e abraçando conteúdo inovador.
O Berlinale Series Market também abordou tópicos críticos da indústria, incluindo os primeiros direitos sobre as janelas de exibição e a dinâmica em evolução entre as plataformas de streaming internacionais e as emissoras públicas nacionais. Tradicionalmente, garantir coproduções com plataformas de streaming era um desafio. No entanto, os produtores notaram uma mudança recente, tornando o envolvimento das plataformas de streaming mais acessível.
A mudança no panorama do mercado também impactou as parcerias estabelecidas. Os produtores observaram o desaparecimento de alguns parceiros, como a Paramount, e dificuldades com a Disney, necessitando de decisões estratégicas antecipadas em relação à distribuição: buscar acordos globais com plataformas de streaming ou colaborar com uma rede de emissoras públicas. Anteriormente, as emissoras muitas vezes resistiam a colaborações com as principais plataformas de streaming.
Vários participantes enfatizaram o papel em mudança das emissoras públicas, destacando a disposição da ZDF em ultrapassar os limites criativos. Essa mudança desafia a perceção das emissoras públicas como criativamente conservadoras. “A ZDF foi o último lugar onde imaginamos que teríamos o programa”, admitiu O. Seng. Esta declaração reforça a perceção em evolução das emissoras públicas no cenário atual da mídia.